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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Opositores assumem controle da fronteira da Líbia com o Egito, diz TV

A fronteira líbia com o Egito está sob controle das forças opositoras do regime de Muammar Gaddafi, garantiu nesta terça-feira (22) a rede "Al Jazeera".

Segundo a emissora, fontes egípcias na fronteira teriam revelado que os militantes da oposição assumiram o controle da zona nas últimas 12 ou 24 horas.

Esse ponto está sendo utilizado por egípcios para fugir do país devido à repressão do regime contra militantes da oposição. Cerca de 1,5 milhão de egípcios vivem atualmente na Líbia. Ainda de acordo com a “Al Jazeera”, a situação nesse ponto limítrofe, a 1,6 mil quilômetros de Trípoli, capital líbia, é completamente caótica.

Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia e localizada entre Trípoli e a fronteira com o Egito, também está sob controle dos manifestantes da oposição. Um advogado afirmou à "Al Jazeera" que os opositores também tomaram o controle da cidade de Al Bayda, entre Benghazi e a fronteira com o Egito.

ONG diz que repressão a opositores deixou mais de 300 mortos


O presidente de honra da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), Patrick Baudouin, declarou nesta terça-feira (22) que a repressão dos protestos pelo regime líbio causou "entre 300 e 400 mortos", de acordo com as informações que recebeu de suas fontes, ativistas dos direitos humanos, e constitui um "crime contra a humanidade".
Em entrevista à emissora de rádio "France Info", o presidente da FIDH também denunciou que o regime de Muammar Gaddafi está utilizando "armas pesadas" contra a população, produzindo "um banho de sangue".
A emissora de TV estatal líbia divulgou uma mensagem oficial classificando de "falsos rumores" as informações que dão conta de massacres em diversas localidades do país. O comunicado assegura que as informações sobre os massacres e o emprego da força militar para sufocar a revolta no país fazem parte de uma "guerra psicológica"."O que ocorre hoje é um crime contra a humanidade", ressaltou, antes de solicitar a intervenção do Conselho de Segurança da ONU para ativar a ação do Tribunal Penal Internacional (TPI).
A mensagem oficial reitera que "estas informações falsas" são divulgadas pelas "cadeias via satélite confabuladas nestes últimos dias contra o povo líbio".

Conselho de Segurança da ONU vai discutir situação na Líbia


Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU realiza uma reunião especial para abordar a crise na Líbia, a pedido do embaixador adjunto da Líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, informou o organismo internacional.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou sua preocupação com a rápida deterioração da situação no país africano e pediu que Gaaddafi cesse imediatamente a violência e respeite os direitos humanos do povo líbio. Ban também se mostrou "indignado" pelas informações que apontam que as autoridades líbias dispararam contra manifestantes desde aviões de combate e helicópteros.
Em um comunicado, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, também exigiu o início de uma "investigação internacional independente" sobre a violência na Líbia e pediu o "fim imediato das graves violações dos direitos humanos cometidas pelas autoridades líbias".

Além disso, Navi Pillay advertiu as autoridades líbias que "os ataques sistemáticos contra a população civil podem ser considerados crimes contra a humanidade". "A brutalidade com que as autoridades líbias e seus mercenários atiravam com balas reais contra os manifestantes pacíficos é inadmissível", afirmou ela.

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