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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Resenha Do Filme Batismo de sangue

O filme Batismo de sangue descreve a luta dos indivíduos de esquerda em busca de uma liberdade política para o Brasil, contra os abusos da ditadura que decretou ilegal ou clandestino qualquer grupo de oposição ao regime militar. Dessa forma analisaremos também a obra de Chiavenato "O Golpe de 64 e a Ditadura Militar".
Inicialmente a obra de Chiavenato, analisa-se as características da luta revolucionaria de Carlos Maringuella e seus aliados. Onde são descritas e apresentadas a luta armada urbana e a do meio rural sendo a principal delas, a "Luta do Araguaia". Para tanto Chiavenato discuti as características geopolítica inserida na segurança nacional.
Tanto no filme quanto na obra, identificamos a participação de estudantes, e dos freis católicos, na resistência contra a revolução militar que institui a Lei de segurança Nacional, que permitia ao governo militar calar ou silenciar qualquer um do povo, e inclusive militares que não aderissem ao projeto autoritário permitido pelo golpe de 1964. Neste sentido estas obras apresentam importantes questões a respeito das praticas de torturas, abusos físicos, políticos e psicológicos, onde se submetia qualquer individuo considerado contra-revolucionário a atos desumanos e covardes.
Nessas obras fica claro como agia os órgão de repressão, e principalmente a polícia, a qual identificava ou nomeava inimigos do regime militar, onde muitas vezes conforme exposto, acabavam prendendo pessoas que não participavam da guerrilha e que por não participarem não podiam delatar nada diante das terríveis torturas. Assim estes indivíduos viviam uma completa loucura, pois enquanto mais falavam que não sabiam de nada ou não participavam de movimentos contra revolucionários, mais eram identificados como membros opositores. Já em relação aos indivíduos que realmente participavam dos grupos comunistas, ou contra revolucionários, estes eram violentamente torturados para que delatassem os planos e os envolvidos na resistência.
Interessantemente o texto aborda a questão do terrorismo empregado pela guerrilha, onde é feita uma análise, em que se considera tal terrorismo fruto ou conseqüência da clandestinidade dos grupos de esquerda que não concordavam com o regime autoritário, ou seja era preciso dar uma resposta a situação que colocou toda a oposição brasileira, a mercê da brutalidade militar como método de manutenção do poder.
Em relação à justiça brasileira, as obras, denunciam a completa participação e apoio as praticas abusivas desencadeadas por militares, juízes, promotores, bem como os diversos grupos políticos ou públicos que controlavam o país. Pois ocorridos como o da Guerrilha do Araguaia e como o da prisão e tortura dos Freis, que quando não eram assassinados no caso dos guerrilheiros do Araguaia, eram punidos com prisões que tinha sua pena em média de quatro a sete anos, ou eram exilados, não podendo mais voltar para o Brasil. Neste sentido o texto do Chiavenato, também destaca a política velada do regime militar que considerava os guerrilheiros como elementos nocivos a Lei de segurança Nacional, mais que quando capturados estes elementos não eram julgados segundo esta lei, para que não fosse evidenciado as diversas praticas, ilegais e desumanas contra a resistência de esquerda, dentro deste pensamento, cabe lembra ainda o papel de médicos civis ou militares em atestar falsamente mortes oriundas de torturas ou assassinatos como mortes naturais ou causadas por acidentes ou suicídios.
Em relação à prisão dos freis, as obras dão atenção especial à situação do frei Tito, o qual após e sido preso e torturado, acabou sendo exilado para a Europa, onde continuou sofrendo por não poder mais voltar a sua tão amada terra "o Brasil", como também ter ficado perturbado psicologicamente com lembranças sombrias da tortura sofrida, que geraram o suicídio deste Frei. Conforme descrito na obra, o delegado Fleury, liderou tais torturas contra os Freis dominicanos, conseguindo resultados importantes para os militares, dentre eles o assassinato do líder Carlos Maringuella, diante disso percebemos que o Estado, utilizou de todo o aparato policial e econômico para manter-se no poder incontestavelmente.
Percebemos que estes rebeldes foram vitimizados duas ou mais vezes, pois após serem torturados, acabavam sendo exilados, ou ficando com graves seqüelas físicas ou mentais, onde destacamos o caso da prisão das diversas estudantes que acabavam sendo estupradas durante o interrogatório. Por fim o exílio também existia como um castigo aos rebeldes, onde acabava caracterizando uma pena.
Em relação à população percebe-se nas obras que esta não participou ativamente, pois os guerrilheiros ou contra revolucionários, não conseguiam cooptar essa massa, por inúmeros motivos, dentre eles a forte repressão aos grupos de esquerda, o forte controle da imprensa para que os abusos mais infames não fossem a público internamente ou internacionalmente, o apoio de setores civis ao golpe militar que em muitos casos acabavam servindo de informantes do Estado ditatorial militar.


Fonte: <http://www.webartigos.com/articles/12010/1/Filme-Brasileiro-Batismo-de-Sangue/pagina1.html#ixzz1O3orQu2O>

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