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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Força Aérea da Líbia bombardeia bairros da capital para reprimir manifestações

Pela primeira vez desde o início da recente onda de protestos na Líbia, nesta segunda-feira (21) houve relatos de protestos na capital do país, Tripoli, com violenta reação do governo de Muammar Gaddafi, que inclui ataques com artilharia pesada e uso de aviação militar contra civis. Entre 160 e 250 pessoas teriam morrido na repressão de hoje, segundo televisões árabes.
Segundo reportou a agência EFE, a situação na capital é de tensão máxima, com corpos dispostos nas ruas e contínuos barulhos de disparos de armas de fogo em vários bairros da cidade, inclusive de projéteis de artilharia pesada. Um grande edifício público onde se reúne o Congresso Geral do Povo, o parlamento líbio, estava em chamas na capital.
O regime chegou a usar aviões da aeronáutica para bombardear os manifestantes que protestavam em Trípoli, segundo informações da rede de televisão Al Jazeera. A emissora, que citava diversas testemunhas, não deu detalhes sobre as áreas que foram bombardeadas, nem divulgou um número de vítimas.
"O que estamos testemunhando hoje é inimaginável. Aviões de guerra e helicópteros estão bombardeando indiscriminadamente uma área após a outra. Existem muitos, muitos mortos", afirmou a testemunha Adel Mohamed Saleh, em declarações ao vivo à Al Jazeera.
Questionado se o bombardeio ainda estava acontecendo, ele disse: "Continua, continua. Qualquer um que se movimente. Mesmo os que estão em seus carros, eles atingirão você."
Um analista da consultora Control Risks, com sede em Londres, afirmou que o uso de aeronave militar contra o seu próprio povo indica que o fim está próximo para Muammar Gaddafi.
"Esses realmente parecem ser os últimos e desesperados atos. Se você bombardeia a sua própria capital, é muito difícil ver como você pode sobreviver", disse Julien Barnes-Dacey, citado pela agência Reuters.
"Mas eu acho que Kaddafi vai comprar a briga. Acho que os rumores dele fugindo para a Venezuela vão se provar errados. Na Líbia, mais do que em qualquer outro país na região, há a perspectiva de violência grave e conflito direto", acrescentou.

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